terça-feira, 12 de maio de 2009

Era uma vez uma foto

Era uma vez uma foto com vida
Que fazia caras e bocas
E que me encarava
Sorriso enigmático
Qual Gioconda
Olhos negros gigantes
Penetravam meu âmago
Cabelos esparramados
Como ondas dadivosas
Pele de cobre
Como a pedir um toque
Lábios de sangue
Como a suplicar resposta
Face brilhante
Resplandescendo em vida
Sobrancelhas atônitas
Extrapolando mistérios
E para o todo completar
Como o toque final de um mestre
Uma pinta estratégica
Eternizava o instantâneo
Aquela foto invertia a ordem
Bagunçava meu universo
Fora feita para ser observada
Mas me observava
Fora revelada para deleite dos meus olhos
Mas eram seus olhos que me fitavam.

3 comentários:

  1. Leo, AMEI o poema, muito lindo! Nem sei ao certo o que dizer. Suas palavras deixaram-me atônita, perdi completamente meus sentidos e me sinto inerte a tudo!
    Tenho saudades...
    Beijos, beijo e mais beijos!!

    Com carinho

    Ciça

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  2. Muito interessante! Foi vc mesmo que escreveu? Parabéns! Muito bem! Obrigada pela visita ao blog e pelo comentário...em breve, postarei novidades!

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