A ROSA
vista incerta,
Os ombros langues,
Pierrot aperta
As mãos exagues
De encontro ao peito.
Alguma cousa
O punge ali
Que ele não ousa
Lançar de si,
O pobre doido!
Uma sombria
Rosa escarlata
Em agonia
Faz que lhe bata
O coração...Sangrenta rosa
Que evoca a louca,
A voluptosa
Volúvel boca
De sua amada...
Ah, com que mágoa,
Com que desgosto
Dois fios de água
Lavam-lhe o rosto
De faces lívidas!
Da veste branca
A larga túnica
Por fim arranca
A rosa púnica
Em um soluço.
E parecia,
Jogando ao chão
A flor sombria,
Que o coração
Ele arrancara!...
Lindo poema do grande Manuel Bandeira, que copiei na cara dura do Orkut da minha amiga Çiça!
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
rs Achei que você estivesse brincando quando disse que copiou, rs.
ResponderExcluirMas fiquei feliz que tenhas gostado.
Grande beijo, amigo Leo
Ciça